Novo Normal. Quais as mudanças no pós-covid-19?
Novo Normal – Quais as mudanças no pós-COVID-19?
São frequentes as comparações feitas entre a pandemia de Covid-19 e a Segunda Guerra Mundial quanto aos danos causados e quanto à superação desses danos. Assim como o mundo presenciou as transformações do pós-guerra, quais mudanças podemos esperar no pós-Covid-19?
Dentre as várias comparações feitas entre esses dois momentos marcantes da história mundial, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo enfrentará: “… um impacto econômico… uma recessão sem paralelos… a crise mais desafiadora que já encaramos desde a Segunda Guerra Mundial” – consideração endossada por estatísticas econômicas realizadas nos primeiros meses de 2020, em todo o mundo. Tão desastrosos quanto guerras, são os microrganismos enfrentados pela humanidade, tais como peste negra (século XIV), cólera, tuberculose, varíola, febre amarela, sarampo, malária e, agora, o coronavírus, que afetaram e afetam as populações e os sistemas de saúde pública.
Guerras e epidemias deixam sequelas só superadas a partir de ações organizadas, em larga escala, por períodos invariavelmente longos. No caso da Segunda Guerra Mundial, o rastro de destruição foi marcado pela escassez de alimentos, de moradia e de transporte; um inverno inclemente que paralisou a economia; dívidas enormes, e uma série de planos e acordos políticos que redesenharam a configuração da economia mundial. Hoje, diante de um cenário tecnológico e globalizado, pergunta-se quais serão as mudanças após a pandemia de Covid-19, tida como a maior crise sanitária de todos os tempos?
As primeiras respostas sugerem que autoridades, organizações e sociedade se unam não só no combate ao coronavírus, mas na busca de experiências que mantenham a conformidade com as instruções legais e com uma cultura de integridade e ética. Mais, ainda, sendo o ‘novo normal’ caracterizado por ambientes de data centers e acessos remotos, as respostas sugerem que as organizações adotem gerenciamentos de riscos e controles internos, associados a práticas de compliance, para evitar a desestabilização dos negócios. Programas de compliance baseiam-se em administração, avaliação de riscos, códigos de conduta, investigações, canais de denúncia, treinamento, comunicação, auditoria e monitoramento, visando o desenvolvimento de gerenciamentos de crises. A tecnologia move essas transformações e exige mudança na atuação de profissionais de TI e seus CIOs para que possam enfrentar a agilidade do ‘novo normal’, tanto nas grandes empresas já informatizadas, quanto nas de pequenos negócios, sem o que não sobreviverão.
O uso cada vez maior de inteligência artificial e a necessidade de se gerenciar ambientes e dispositivos digitais determinam a necessidade da segurança de dados e da prevenção a riscos, sejam esses riscos tecnológicos – falhas de equipamentos, tentativas de acesso ilegais -; legais – downloads de conteúdo, sabotagem ou espionagem -; desastres naturais. No pós- Covid-19, a economia digital vai demandar uma infraestrutura funcional e confiável e a tecnologia e a segurança da informação terão ainda maior impacto nas organizações, que deverão efetuar essas mudanças mantendo com suas equipes um padrão de conduta e de diálogo que restabeleça as relações de confiança nos negócios e no mercado em geral.
Dados da Allied Market Research indicam que o mercado de gerenciamento de risco deverá chegar a US$ 18,5 milhões até 2026.
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