Empresas Brasileiras demandarão Seguros contra Crimes Cibernéticos?
EMPRESAS BRASILEIRAS DEMANDARÃO SEGUROS CONTRA CRIMES CIBERNÉTICOS?
Sim. A contratação de seguros contra crimes cibernéticos vem sendo cada vez mais frequente, mas apontar como causa dessa demanda a evolução da tecnologia não significa dizer que tais crimes estejam circunscritos apenas à TI.
Um crime cibernético não se relaciona apenas com o ambiente tecnológico. Ele está associado também à cultura empresarial, seus processos, seu armazenamento de dados, bem como à sua política de gestão. Ele também é gerado por motivos que vão além da atuação de hackers. Pode ser consequência de erros na implantação de projetos, falta de capacitação, vulnerabilidades de sistemas ou negligência com a proteção de dados e a prevenção de acidentes. O uso massivo de tecnologias nos diversos segmentos de mercado e o aumento do trabalho remoto expuseram as empresas a novas ameaças como vazamento de dados, indisponibilidade de ativos críticos, sequestro de informações, mineração de criptomoedas e roubo de credenciais, que geram impactos financeiros, operacionais e legais, comprometendo o futuro das organizações.
A previsão do Gartner é de que, em 2021, os gastos com cibersegurança atinjam a marca de US$ 6 trilhões, porém, recente estudo da IBM relacionado à prontidão das organizações para combater ataques cibernéticos, revelou o despreparo e a falta de recursos por parte de 77% dos entrevistados. Nesse contexto, surge a oferta de seguro cibernético, um compartilhamento de riscos entre empresas e seguradoras para minimizar os prejuízos decorrentes desses ataques. O mercado não é novo, mas assume um potencial crescimento, no Brasil, devido ao surgimento de uma cultura de proteção de dados e ao advento de leis como a Lei de Acesso à Informação (2011), Lei Carolina Dieckmann (2012), Marco Civil da Internet (2014), Resolução do Bacen sobre Segurança Cibernética (2018) e Lei Geral de Proteção de Dados (2018).
O aumento observado na procura por seguros dessa natureza ocorre especialmente por parte de instituições financeiras, de saúde, indústrias e prestadores de serviços de tecnologia. E embora ganhe espaço no mercado, ele ainda é pouco adotado pelo fato de as empresas não avaliarem seu grau de exposição a riscos e as perdas que podem sofrer mesmo que possuam uma boa política de segurança.
Além de um complexo plano de prevenção, o combate ao crime cibernético requer investimentos em pessoas, processos e tecnologias, requisitos exigidos pelas companhias de seguro para avaliar as condições de segurança das empresas antes da contratação. Geralmente, as apólices de seguros oferecem coberturas para a proteção de dados, para a responsabilidade civil das empresas com relação a eles e para prejuízos causados por paralisação das atividades, quando ocorrer.
Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, o volume de sinistros registrados em maio deste ano foi de quase R$ 10,8 milhões. No acumulado do ano, são R$ 12,269 milhões, total atingido durante o isolamento social devido à maior incidência de riscos. É importante lembrar, no entanto, que a vulnerabilidade de sistemas não se relaciona apenas à TI e a contratação de um seguro cibernético não substitui a implementação de outras estratégias de segurança devidamente alinhadas às necessidades e aos objetivos das organizações.
https://thehack.com.br/seguros-ciberneticos-o-que-sao-e-porque-estao-fazendo-sucesso-no-brasil/
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